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terça-feira, junho 10, 2008

Urbanismo e Ruralidade

O que é a agricultura?

A agricultura é um conjunto de técnicas para cultivar plantas que posteriormente serão convertidas em alimentos, fibras, energia e matéria-prima para roupa, medicamentos, ferramentas etc.

A agricultura data de cerca de 12 000 anos atrás no período neolítico da Pré-Historia.

Os povos da altura começaram a aperceber-se que os grãos que retiraram da natureza podiam ser enterrados (semeados) e que iriam produzir plantas iguais às de onde eram colhidos.

A agricultura pode ser divida em três grandes períodos:


Agricultura Clássica: Com o crescimento das populações o ser humano foi tendo cada vez mais necessidade de produzir alimento, pois a pesca e a caça não eram suficientes para a sua alimentação. Descobriram que ao cultivarem a terra com sementes originavam frutos, trigo e cevada, começando a cultivar campos com a ajuda de amimais para os lavrar e de mão-de-obra humana para semear e colher.

Agricultura Moderna: Com a Revolução industrial a agricultura teve como base a utilização de energia eléctrica e a vapor. Era possível aumentar a produção agrícola com o uso de tractores motivos a vapor e electricidade e semeadoras mecânicas. Foi aqui que se começaram a usar os primeiros fertilizantes e pesticidas na produção agrícola, pois este era o sector de maior desenvolvimento económico, que originava mais bens capitais e empregos. O aumento da produção significava maior capital dos agricultores contribuindo para o desenvolvimento tecnológico do sector, sendo feitas máquinas cada vez mais eficazes e modernas.

Agricultura Contemporânea : É feita maioritariamente por meios tecnológicos para aumentar a quantidade de produção das safras. A consequência disto é o aumento do desemprego do sector, porque a mão-de-obra é substituída por maquinaria.
A maior conquista da agricultura contemporânea foi a invenção dos transgénicos[1] que permitem aumentar a produção, diminuir os custos e até produzir alimentos com melhor qualidade.

Com isto alguns dos produtos agrícolas que consumimos são derivados de sementes modificadas em laboratório, com o objectivo de criar plantas que possam resistir melhor às pragas, insectos e aos insecticidas utilizados na agricultura.

Fertilizantes e Pesticidas

A agricultura usa fertilizantes para dar às plantas compostos químicos que estas não conseguem absorver da atmosfera. Como são vitais á sobrevivência dos vegetais é necessário suprir a necessidade desses compostos químicos através do emprego de fertilizantes nos campos de cultivo.

Os pesticidas tem o objectivo de proteger as culturas de pragas de insectos, ervas daninhas e outros ataques que destroem os cultivo e agridem as plantações.

Exemplos:

Herbicidas Produtos químicos utilizados para o controle de ervas daninhas. As vantagens do seu emprego são a rapidez de acção, redução de custos e não revolvimento do solo. As desvantagens são a contaminação do ambiente, pois os componentes químicos são tóxicos para os seres humanos, e o surgimento de ervas resistentes á sua composição química.

Fungicida – Produto químico que destrói ou inibe a acção dos fungos que atacam as plantações. Tem a vantagem de proteger o cultivo minimizando os cultos dos produtores pois perdem menos plantações. A desvantagem do emprego deste produto é a sua toxicidade para os seres humanos.


Agricultura Biológica ou Orgânica

A agricultura biológica é o termo usado para o cultivo de plantas ou vegetais sem o uso de produtos químicos, sintéticos ou de transgénicos.

Defende que um solo saudável mantido sem uso de fertilizantes e pesticidas químicos, originará alimentos mais saudáveis e de qualidade superior aos produzidos pela agricultura convencional .

Cada vez mais preocupadas com a saúde e o que consomem nos alimentos, as pessoas aderem aos produtos biológicos em massa. Mesmo o preço final ao consumidor seja superior ao praticado pela agricultura convencional, as pessoas preferem pagar mais mas terem a certeza que estão a consumir um produto 100% natural, que foi feito a partir da natureza, do cultivo do solo sem a adição de adubos, fertilizantes e pesticidas químicos que podem prejudicar a sua saúde.

A ruralidade agrícola.

A industrialização da agricultura originou uma grande crise económica no sector.

Os pequenos produtores vêem o seu lucro diminuído pelas grandes empresas produtoras, que equipadas de instrumentos tecnológicos e com orçamentos para usarem pesticidas e fertilizantes de topo são capazes de produzir em grande escala fazendo com que o custo do produto ao consumidor seja muito inferior ao que os pequenos agricultores podem oferecer.

No interior dos pais, onde está concentrada a maior actividade agrícola decai a qualidade de vida em função da crise do sector

Se as famílias subsistiam dos alimentos que cultivavam para comer e vender, não conseguem retirar a liquidez financeira para se manterem.

Migram em grande escala, principalmente os jovens para o litoral dos pais, onde está a zona de desenvolvimento e urbanismo. Pois não conseguem viver da agricultura, que já não oferece emprego nem permite liquidez financeira aos agricultores.

Não tem forma de fazer face aos produtos que vindo de outros países e de produções muito maiores, pois o consumidor procura o produto de valor mais baixo, deixando as colheitas dos pequenos agricultores sem forma de terem saída no mercado.

Os meios rurais ficam cada vez mais desertos e desprovidos de condições de vida, pois não é empregos nem forma de subsistência.

A agricultura biológica é uma grande vantagem para contrariar esta tendência do meio rural.

Cada vez mais popular e procurada, a agricultura livre de químicos, necessita de cada vez mais produção, abrindo perspectivas para a criação de empregos no meio rural, pois é preciso pessoal para o cultivo e manutenção dos campos agrícolas.

Existem apoios financeiros e outros incentivos á reconversão das explorações, em agricultura biológica, com o objectivo de contribuir para um crescimento do sector agrícola e contribuindo directamente para o desenvolvimento do meio rural.

A agricultura biológica veio abrir as portas para uma nova fase no sector originando empregos directos onde não existia mais possibilidade de subsistência, criando condições de vida para a população mais jovem não ter que migrar em busca de melhores condições de vida, dando aos pequenos agricultores uma nova fonte de rendimento e de conseguírem comercializar os seus produtos.


Turismo no meio rural

Não só da agricultura de faz o desenvolvimento rural, é preciso toda uma rede de gestão destas regiões para que seja possível um rejuvenescimento das zonas.

O sector do turismo em muito contribui também para o desenvolvimento destas zonas. O turismo cultural tem o objectivo de aproximar as populações das zonas do interior, onde existe património cultural e natural a ser conhecido e preservado.

Se o maior problema da ruralidade é a falta de emprego e consequente quebra na qualidade de vida, o turismo dá oportunidade para que se criem condições de vida nestes meios.

Programas culturais desenvolvidos pelos municípios e autarquias, que conjuguem a apresentação do património cultural com actividade de lazer são cada vez mais comuns.

Cada vez mais popular, o turismo rural, é um conjunto de actividades e serviços de alojamento e animação de turistas em empreendimentos de natureza familiar, realizados e prestado em zonas rurais.

Turismo de Habitação - é feito em casas apalaçadas ou com reconhecido valor arquitectónico, solares, com objectivo de dar a conhecer estes edifícios culturais e promover as regiões onde eles se encontram.

Agro-turismo – É feito em habitações turistas integradas em explorações agrícolas, onde é possível acompanhar as actividades de agricultura e mesmo particular no cultivo aproximando as pessoas da realidade rural.

Turismo de Aldeia/ Casas de Campo – serviços de hospedagem situados no campo ou nas aldeias em casas de particulares, podendo estes habitar a casa ou não, para serem exploradas na integra pelos turistas, de forma a dar a conhecer o ambiente que é característico das zonas rurais.

São formas de originar empregos nestas áreas tão sensíveis, que tão poucos recursos têm para as pessoas mais jovens. Surgem oportunidade de negócio no sector do turismo, mas também em sectores que beneficiam com isso indirectamente, como o comercio, a alimentação e as actividades culturais.


Expressões Culturais

No que respeita ao Domínio da Língua no Tema de Urbanismo e Ruralidade sou da opinião que as marcas culturais das povoações são para ser mantidas.

As expressões populares e a prenuncia são uma marca cultural das povoações e regiões do país, mas os seus habitantes devem sempre saber como se prenuncia a palavra correctamente para se fazerem entender com todo o tipo de interlocutores.

Por exemplo se no Algarve se diz marafado (que significa zangado ou irritado) devem as populações saber que para se fazerem entender em Lisboa não podem utilziar a expressão, estás pior que marafado, quando querem dizer que estás mais que danado/zangado/irritado, pois não serão compreendidos.

No Minho o nome que se dá a uma pessoa desajeitada é Pangalatranas, palavra que muito provavelmente não será compreendida noutra região do Pais. Os regionalismo são importantes para a marca cultural dos povos, devem ser conhecidos e estudas, mas não se pode descurar o conhecimento correcto das palavras e o seu significado geral, pois a língua como principal meio de comunicação precisa ser o mais pratica e geral possível.



[1] Os transgénicos são organismos que, mediante técnicas de engenharia genética contem material genéticos de outros organismos.

2 comentários:

garrisco disse...

Ola Bruna
Muito bem defenido o urbanismo e ruralidade apesar de estar por topicos ajudou-me bastante para a conclusao do meu trabalho.
Obrigado.

natan_comjesus@hotmail.com disse...

Olá Bruna,.. Parabéns! Lindo trabalho, muito preciso, com tópicos riquíssimos, e com conteudos específicos... Eu tbm estou a concluir o RVCC (Secundário) e seu trabalho me ajudou muito a esplanar tudo que tinha em mente. Deus vos abençoe! (Natan Silva/Lisboa)