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quinta-feira, julho 17, 2008

Co - Incineração

É comum ouvirmos nas notícias a controvérsia que existe em torno da Co-Incineração. Se por um lado as populações defendem que a medida é prejudicial á saúde, técnicos ambientalistas defendem que a actual forma de tratamento de lixos é muito pior.

Mas o que é a Co-Incineração?

Conforme já expliquei num post mais antigo, a Incineração é um processo de tratamento de resíduos por combustão.

A Co-Incineração dá-se através do aproveitamento dos fornos das cimenteiras visto que estes atingem temperaturas muito altas, que variam entre os 1500 e os 2000 graus. Estes fornos das cimenteiras podem portanto proceder ao tratamento de todos os resíduos, como solventes de limpeza, de indústria química, tintas etc em simultâneo com a produção de cimento.

Ou seja todos aqueles resíduos perigosos, que ficam amontoados nas lixeiras espalhadas pelo país, tem na co-incineração uma forma de serem tratados seguramente, e a vantagem de servirem de matéria-prima, para a produção de um bem de consumo – o cimento – poupando assim as emissões de gases que os resíduos causavam em lixeiras e a redução de exploração de recursos naturais para a produção do cimento.

Como é feito o processo de Co-Incineração?

Os resíduos industriais perigosos são enviados para uma estação de pré-tratamento. Aqui são separados os resíduos consoante as suas características:

Os resíduos com pouco poder calorífico são triturados e é feita uma separação de materiais ferrosos, os resíduos líquidos são misturados com serradura e seguem para a centrifugação no caso de terem grandes quantidades de água, os resíduos termo fusíveis, betumes e alcatrão são armazenados em lotes.

Depois de todos separados e tratados os lixos são levados para as cimenteiras, onde iniciará realmente o processo de Co-Incineração. A separação prévia tem a vantagem de minimizar os impactos ambientais que estes resíduos poderiam causar em caso de acidente de transporte.

Uma vez nas cimenteiras os resíduos são colocados nos fornos para tirar partido do seu poder calorífico ou então são utilizados como matéria-prima na produção de cimento. De uma forma ou de outra são todos reutilizáveis ajudando a poupar electricidade e recursos naturais.

Restos e Emissão de Gases

A parte da controvérsia pública é esta, o final do processo, pois existem dúvidas relativamente aos remanescentes do processo – que tecnicamente é garantido não existirem restos, visto que todos os resíduos são incorporados no próprio cimento.

A produção de gases tóxicos é a maior desvantagem desde processo, pois mesmo que tecnicamente as altas temperaturas a que os resíduos são submetidos indique que a produção destes gases é extremamente baixa, não há certezas quanto aos reais perigos para a saúde pública.

Não tenho conhecimentos científicos que me permitam saber se estou de acordo ou contra a instalação de Co-incineradores no nosso país, mas encontrei este estudo americano interessante, que mostra que, estamos muito mais prejudicados com a existência de lixeiras onde são depositados os resíduos sem qualquer tipo de tratamento.

A Co-Incineração deve ser feita sim, mas mediante um processo seguro e eficaz, onde se instalem medidas eficazes na prevenção de fuga de gases, com mangueiras e filtros seguros.

O mais importante é realmente o papel do Governo, que a meu ver não executa com rigor o trabalho de sensibilização junto das populações. Apenas ouvimos os pareceres de técnicos e especialistas que numa linguagem de fraca compreensão nos asseguram de que o processo não prejudica a saúde pública. Acho que são necessárias medidas mais próximas e educativas junto das populações de forma se afaste a hostilidade e desconfiança que as pessoas tem deste processo causadas indirectamente pela posição do Governo.

quarta-feira, junho 11, 2008

Festas Populares

A Junta de Freguesia da minha área de residência organiza á 5 anos uma festa de comemoração do Santo António - está aqui o cartaz para este ano.

As Festas da Rã tem como objectivo promover a cultura e a economia da zona de S. Domingos de Rana.

São iniciativas culturais como estas que permitem as populações com menos recursos financeiros terem acesso á cultura, através de espectáculos de musica, dança e exposições de arte gratuitas.

As Festas da Rã conjugam os concertos ao vivo com espectáculos de dança no Arraial Saloio que fomenta a interculturalidade da zona com a apresentação de Danças Tradicionais, Danças Orientais e Hip-Hop, aproximando as pessoas de culturas diferentes mas que residem em sociedade e tão poucas oportunidades tem mostrar a sua cultura aos outros e sociabilizar com a diferença.

A economia também é beneficiada por estas iniciativas uma vez que os comerciantes e prestadores de serviços da zona, tem um local para publicitar os seus negócios e aproximar-se dos consumidores através de explicações e apresentação dos produtos.

Qualquer evento cultural de entrada gratuita é importante para a sociedade envolvente, pois permite o acesso á cultura aqueles que de outra forma não o teriam, e reúne no mesmo espaço pessoas de diferentes estatutos sociais, originando uma maior sociabilização entre as populações independentemente da sua cultura, posição social etc. De todas as iniciativas culturais, penso que as mais importantes, e menos faladas nos media, são as estas de acesso livre. Pois o beneficio para a sociedades comparando com as iniciativas pagas é muito maior. Estas trazem a vantagem de, ao contrario das outras, levam a cultura a qualquer pessoa.

Penso que a comunicação social, quer os jornais a televisão e as rádios, deveriam publicitar mais este tipo de iniciativas, de modo a que cheguem a mais pessoas e que se tornem cada vez mais comuns e populares.

Liberdade e Responsabilidade Social

A nossa liberdade acaba quando começa a dos outros.

Ouvi esta frase muito pequena e desde então tem acompanhado a forma como me relaciono com os outros.

Penso que todos nós temos o dever de saber que existimos em sociedade e que a nossa liberdade está implicada directamente com a liberdade do próximo.

Não sou livre de fazer o que quero, á hora que quero, quando quero porque quero, se tudo isto irá implicar a liberdade de terceiros.

Não posso usar a liberdade para justificar actos que inflijam a liberdade dos outros.

Tenho carta de condução a alguns anos, e quando estou com amigos ou familiares no carro, existem sempre uma pequena discussão - a hora de estacionar - pois não entendem o meu comportamento.

Todas as pessoas deixam o carro onde quer que bem entendam. O primeiro problema é estacionarem os carros indevidamente, de forma a ocupar mais do que um lugar.

Eu sou incapaz de o fazer, pois por mais liberdade que tenha para estacionar o meu carro como quero, não posso por isso, prejudicar o condutor que se segue, que ficará sem espaço devido ao exercício da minha liberdade.

Prefiro perder mais alguns minutos, e fazer as manobras necessárias para que o meu carro ocupe apenas o espaço estritamente necessário para o efeito, sem que com isso perca a minha liberdade ou interfira com a dos outros.

Outra situação é o estacionamento em cima de passeios. É uma atitude banal, que toda a gente faz a toda a hora. Eu sou incapaz de colocar o carro em cima de um passeio.

Prefiro andar mais alguns metros, dar mais umas quantas voltas á procura de lugar, mas não sou capaz de colocar o carro onde é o sitio das pessoas caminharem. Ninguem tem que contornar o meu carro para conseguir andar na via publica, tendo até que por vezes caminhar na estrada devido aos carros estacionados no local, onde até é para os peões. Para não falar que pode uma pessoa de cadeiras de rodas querer passar e não conseguir, ou mesmo uma mãe com um carrinho de bebé.

Por mais comum que seja, e por mais que as pessoas que estão comigo no carro me digam para estacionar em cima do passeio, não sou capaz. Acho que não tenho o direito de com a minha atitude prejudicar os outros.

Quando vivemos em sociedade não nos podemos esquecer que as nossas atitudes interferem com os outros, como por exemplo, as pessoas que passeiam cães na rua sem trela.

Infelizmente em Portugal não existe maneira de controlar estes amantes de animais á solta.

Eu também tenho um cão, e por mais que me custe passear com ela de trela, pois o animal quer correr e passear, sou incapaz de o fazer, pois as pessoas que estão a passar na rua, não tem que ser incomodados por um animal que não consigo controlar.

E quando isso me acontece é comum ouvir as justificações dos donos : ele não faz mal, ele não morde.

Mas eu não tenho que ser obrigada a caminhar na rua e a ser interceptada por um cão sem trela.

Claro que existe os cães vadios, mas para esses basta chamar o canil municipal e não são em numero tão grande como os caezinhos com dono, que passeiam á solta.

Compreendo que as pessoas gostem de deixar os animais á vontade, mas para isso devem procurar sítios próprios, como terrenos baldios e zonas de fraca circulação de pessoas, de forma incomodar o mesmo possivel os outros.

São apenas alguns exemplos de como a nossa liberdade tem que ser defendida de uma forma responsável. A vida publica existe para nossa comodidade e podemos usa-la como bem entendermos desde que isso não intervenha com a liberdade que os outros também tem de a usar, mesmo que isso seja mais trabalhosos para nós – como andar mais uns metros do carro até ao destino, ou apanhar os dejectos que o nosso cão fez na rua.

Se todos fizermos exercício da nossa liberdade de uma forma mais responsável, a sociedade onde estamos inseridos, será sem duvida, um lugar muito mais agradável de viver.

terça-feira, junho 10, 2008

Globalização

A Globalização significa uma maior interacção entre os povos, independentemente do seu pais, um alargamento de fronteiras, tornando o mundo uma Aldeia Global.

Isto é possivel apenas derivados aos desenvolvimentos tecnológicos que permitem a comunicação em qualquer ponto do mundo, com os telemóveis e a Internet, a encurtar as distâncias do globo, fazendo com que os mercados financeiros e económicos se estendam a qualquer país facilmente.

A globalização veio mudar a forma como todos vivemos.

A globalização tem como vantagem uma maior comunicaçao entre o mundo. Por exemplo, do ponto de vista dos Direitos Humanos é uma mais valia, pois os casos de violação dos Direitos Humanos são hoje resolvidos e falados graças as denuncias mediáticas.

A comunicação global actua rapidamente e faz correr a informação pelo mundo, podendo as organizações actuar mais prontamente em situações de Defesa dos Direitos Humanos.

Do ponto de vista da cultura e da economia a Globalização contribui com a difusão de informação cada vez mais rapida e acessivel ás populações, contribuindo para o desenvolvimento economico e cultural dos povos.


Mas este desenvolvimento está mal distribuído e não chega aos país em desenvolvimento, existindo pontos do globo como todos sabemos, onde a fome e a miséria governam enquanto a globalização engorda os mercados ocidentais.

A grande desvantagem da globalização é a dependência dos grandes monstros da economia, das marcas multinacionais e a perca de identidade dos povos, que vivem apenas dependeste das regras que países, como os Estados Unidos da América ditam.Pois uma vez a economia americana em crise, todas as outras o sentirão por arrasto, já que consomem os produtos e marcas daquele país para quase tudo.

A globalização resume-se com estes dois extremos, tanto pode ser uma forma de esgotamento das diferenças entre as pessoas de aproximação de culturas, como pode contribuir para uma uniformização cultural humana e perca de identidades próprias.


"Só saberemos que a Globalização está de facto a promover a inclusão e a permitir que todos partilhem as oportunidades que oferece, quando os homens, mulheres e crianças comuns das cidades e aldeias do mundo inteiro puderem melhorar a sua vida. E é essa a chave para eliminar a pobreza do mundo.”

Kofi Annan

Urbanismo e Ruralidade

O que é a agricultura?

A agricultura é um conjunto de técnicas para cultivar plantas que posteriormente serão convertidas em alimentos, fibras, energia e matéria-prima para roupa, medicamentos, ferramentas etc.

A agricultura data de cerca de 12 000 anos atrás no período neolítico da Pré-Historia.

Os povos da altura começaram a aperceber-se que os grãos que retiraram da natureza podiam ser enterrados (semeados) e que iriam produzir plantas iguais às de onde eram colhidos.

A agricultura pode ser divida em três grandes períodos:


Agricultura Clássica: Com o crescimento das populações o ser humano foi tendo cada vez mais necessidade de produzir alimento, pois a pesca e a caça não eram suficientes para a sua alimentação. Descobriram que ao cultivarem a terra com sementes originavam frutos, trigo e cevada, começando a cultivar campos com a ajuda de amimais para os lavrar e de mão-de-obra humana para semear e colher.

Agricultura Moderna: Com a Revolução industrial a agricultura teve como base a utilização de energia eléctrica e a vapor. Era possível aumentar a produção agrícola com o uso de tractores motivos a vapor e electricidade e semeadoras mecânicas. Foi aqui que se começaram a usar os primeiros fertilizantes e pesticidas na produção agrícola, pois este era o sector de maior desenvolvimento económico, que originava mais bens capitais e empregos. O aumento da produção significava maior capital dos agricultores contribuindo para o desenvolvimento tecnológico do sector, sendo feitas máquinas cada vez mais eficazes e modernas.

Agricultura Contemporânea : É feita maioritariamente por meios tecnológicos para aumentar a quantidade de produção das safras. A consequência disto é o aumento do desemprego do sector, porque a mão-de-obra é substituída por maquinaria.
A maior conquista da agricultura contemporânea foi a invenção dos transgénicos[1] que permitem aumentar a produção, diminuir os custos e até produzir alimentos com melhor qualidade.

Com isto alguns dos produtos agrícolas que consumimos são derivados de sementes modificadas em laboratório, com o objectivo de criar plantas que possam resistir melhor às pragas, insectos e aos insecticidas utilizados na agricultura.

Fertilizantes e Pesticidas

A agricultura usa fertilizantes para dar às plantas compostos químicos que estas não conseguem absorver da atmosfera. Como são vitais á sobrevivência dos vegetais é necessário suprir a necessidade desses compostos químicos através do emprego de fertilizantes nos campos de cultivo.

Os pesticidas tem o objectivo de proteger as culturas de pragas de insectos, ervas daninhas e outros ataques que destroem os cultivo e agridem as plantações.

Exemplos:

Herbicidas Produtos químicos utilizados para o controle de ervas daninhas. As vantagens do seu emprego são a rapidez de acção, redução de custos e não revolvimento do solo. As desvantagens são a contaminação do ambiente, pois os componentes químicos são tóxicos para os seres humanos, e o surgimento de ervas resistentes á sua composição química.

Fungicida – Produto químico que destrói ou inibe a acção dos fungos que atacam as plantações. Tem a vantagem de proteger o cultivo minimizando os cultos dos produtores pois perdem menos plantações. A desvantagem do emprego deste produto é a sua toxicidade para os seres humanos.


Agricultura Biológica ou Orgânica

A agricultura biológica é o termo usado para o cultivo de plantas ou vegetais sem o uso de produtos químicos, sintéticos ou de transgénicos.

Defende que um solo saudável mantido sem uso de fertilizantes e pesticidas químicos, originará alimentos mais saudáveis e de qualidade superior aos produzidos pela agricultura convencional .

Cada vez mais preocupadas com a saúde e o que consomem nos alimentos, as pessoas aderem aos produtos biológicos em massa. Mesmo o preço final ao consumidor seja superior ao praticado pela agricultura convencional, as pessoas preferem pagar mais mas terem a certeza que estão a consumir um produto 100% natural, que foi feito a partir da natureza, do cultivo do solo sem a adição de adubos, fertilizantes e pesticidas químicos que podem prejudicar a sua saúde.

A ruralidade agrícola.

A industrialização da agricultura originou uma grande crise económica no sector.

Os pequenos produtores vêem o seu lucro diminuído pelas grandes empresas produtoras, que equipadas de instrumentos tecnológicos e com orçamentos para usarem pesticidas e fertilizantes de topo são capazes de produzir em grande escala fazendo com que o custo do produto ao consumidor seja muito inferior ao que os pequenos agricultores podem oferecer.

No interior dos pais, onde está concentrada a maior actividade agrícola decai a qualidade de vida em função da crise do sector

Se as famílias subsistiam dos alimentos que cultivavam para comer e vender, não conseguem retirar a liquidez financeira para se manterem.

Migram em grande escala, principalmente os jovens para o litoral dos pais, onde está a zona de desenvolvimento e urbanismo. Pois não conseguem viver da agricultura, que já não oferece emprego nem permite liquidez financeira aos agricultores.

Não tem forma de fazer face aos produtos que vindo de outros países e de produções muito maiores, pois o consumidor procura o produto de valor mais baixo, deixando as colheitas dos pequenos agricultores sem forma de terem saída no mercado.

Os meios rurais ficam cada vez mais desertos e desprovidos de condições de vida, pois não é empregos nem forma de subsistência.

A agricultura biológica é uma grande vantagem para contrariar esta tendência do meio rural.

Cada vez mais popular e procurada, a agricultura livre de químicos, necessita de cada vez mais produção, abrindo perspectivas para a criação de empregos no meio rural, pois é preciso pessoal para o cultivo e manutenção dos campos agrícolas.

Existem apoios financeiros e outros incentivos á reconversão das explorações, em agricultura biológica, com o objectivo de contribuir para um crescimento do sector agrícola e contribuindo directamente para o desenvolvimento do meio rural.

A agricultura biológica veio abrir as portas para uma nova fase no sector originando empregos directos onde não existia mais possibilidade de subsistência, criando condições de vida para a população mais jovem não ter que migrar em busca de melhores condições de vida, dando aos pequenos agricultores uma nova fonte de rendimento e de conseguírem comercializar os seus produtos.


Turismo no meio rural

Não só da agricultura de faz o desenvolvimento rural, é preciso toda uma rede de gestão destas regiões para que seja possível um rejuvenescimento das zonas.

O sector do turismo em muito contribui também para o desenvolvimento destas zonas. O turismo cultural tem o objectivo de aproximar as populações das zonas do interior, onde existe património cultural e natural a ser conhecido e preservado.

Se o maior problema da ruralidade é a falta de emprego e consequente quebra na qualidade de vida, o turismo dá oportunidade para que se criem condições de vida nestes meios.

Programas culturais desenvolvidos pelos municípios e autarquias, que conjuguem a apresentação do património cultural com actividade de lazer são cada vez mais comuns.

Cada vez mais popular, o turismo rural, é um conjunto de actividades e serviços de alojamento e animação de turistas em empreendimentos de natureza familiar, realizados e prestado em zonas rurais.

Turismo de Habitação - é feito em casas apalaçadas ou com reconhecido valor arquitectónico, solares, com objectivo de dar a conhecer estes edifícios culturais e promover as regiões onde eles se encontram.

Agro-turismo – É feito em habitações turistas integradas em explorações agrícolas, onde é possível acompanhar as actividades de agricultura e mesmo particular no cultivo aproximando as pessoas da realidade rural.

Turismo de Aldeia/ Casas de Campo – serviços de hospedagem situados no campo ou nas aldeias em casas de particulares, podendo estes habitar a casa ou não, para serem exploradas na integra pelos turistas, de forma a dar a conhecer o ambiente que é característico das zonas rurais.

São formas de originar empregos nestas áreas tão sensíveis, que tão poucos recursos têm para as pessoas mais jovens. Surgem oportunidade de negócio no sector do turismo, mas também em sectores que beneficiam com isso indirectamente, como o comercio, a alimentação e as actividades culturais.


Expressões Culturais

No que respeita ao Domínio da Língua no Tema de Urbanismo e Ruralidade sou da opinião que as marcas culturais das povoações são para ser mantidas.

As expressões populares e a prenuncia são uma marca cultural das povoações e regiões do país, mas os seus habitantes devem sempre saber como se prenuncia a palavra correctamente para se fazerem entender com todo o tipo de interlocutores.

Por exemplo se no Algarve se diz marafado (que significa zangado ou irritado) devem as populações saber que para se fazerem entender em Lisboa não podem utilziar a expressão, estás pior que marafado, quando querem dizer que estás mais que danado/zangado/irritado, pois não serão compreendidos.

No Minho o nome que se dá a uma pessoa desajeitada é Pangalatranas, palavra que muito provavelmente não será compreendida noutra região do Pais. Os regionalismo são importantes para a marca cultural dos povos, devem ser conhecidos e estudas, mas não se pode descurar o conhecimento correcto das palavras e o seu significado geral, pois a língua como principal meio de comunicação precisa ser o mais pratica e geral possível.



[1] Os transgénicos são organismos que, mediante técnicas de engenharia genética contem material genéticos de outros organismos.

segunda-feira, junho 09, 2008

Separar o Lixo

Pode ser que as crianças consigam chamar á atenção dos adultos para a necessidade de separar o lixo.
Com o exemplo que eles nos dão, e o pedido para que o mundo deles seja melhor e mais saudável vamos todos encarar a reciclagem como uma necessidade de sobrevivência.

domingo, junho 08, 2008

Residuos e Reciclagem

A reciclagem é o termo utilizado para designar o reaproveitamento de materiais e transforma-los novamente em matéria-prima para originar um novo produto.
Muitos materiais que consumidos diariamente podem ser reclinados como o papel, o vidro, o metal e o plástico.

A grande vantagem da reciclagem é a minimização de utilização de fontes de energia natural para a criação de nova matéria-prima. A reciclagem permite também minimizar a quantidade de resíduos que necessitam de tratamento final – como incineração e os aterros sanitário – pois ao reciclar aproveita-se grande parte do lixo produzido pelas pessoas.


O papel é um dos materiais que se pode reciclar:

Uma tonelada de papel reciclado poupa cerca:
· 22 Árvores
· 75% de energia eléctrica
· 74% de poluição para atmosfera

Porque para fabricar uma tonelada de papel novo implica:
· Corte de 10 a 20 árvores
· 10 mil litros de água
· 5
MW/H de energia eléctrica

Já fabricar uma tonelada de papel reciclado implica:
· 1,5 toneladas de papel velho
· 2,5 litros de água
· 2,5 MW/H
de energia eléctrica

A reciclagem é portanto a forma de contribuirmos para a preservação do ambiente, pois ao estar a reduzir a quantidade de lixo que produzimos estamos também a minimizar a produção de águas residuais e gases poluentes que são resultado da decomposição do lixo dos aterros sanitários. A reciclagem diminui ainda, como exemplificado acima, a quantidade gasta em recursos naturais para a produção de matéria-prima.

Alem de todos os benefícios ambientais e de saúde pública a reciclagem origina empregos directos, pois são precisas empresas especializadas na recolha: criando empregos de condutores de camiões, cantoneiro, pessoas de linha de triagem etc. Empresas especializadas na reciclagem dos materiais que necessitam de empregados de armazém, distribuidores, operadores para as máquinas, para o embalamento
do material resultante etc.

Resíduos Sólidos Urbanos

Ao lixo produzido pelas pessoas chama-se Resíduos Sólidos Urbanos – RSU.
É necessário criar soluções para o tratamento dos
RSU e entre elas destaco a incineração e a criação de aterros sanitários.

Incineração - é um processo de destruição de resíduos através da combustão. Este processo utiliza altas temperaturas em equipamentos próprios de forma a queimar todo o tipo de resíduos que podem sofrer este processo. Os resíduos ao chegar á incineradora passam pela fase de secagem para reduzir a quantidade de agua e permitir que a combustão seja mais rápida e eficaz. Depois da secagem vão para a zona de combustão onde são queimados a temperaturas entre os 400⁰C e os 500⁰C. Depois sofrem uma nova combustão, a combustão completa desta vez a temperaturas superiores que variam entre os 800⁰C e os 1000⁰C.
O que resulta da incineração são gases, águas residuais, cinzas e escórias, que necessitam de tratamento próprio.
Esta é a grande desvantagem, pois os gases produzidos pela incineração são tóxicos e poluentes, precisando de tratamento posterior para serem retiradas as substancias perigosas como o chumbo, cádmio, mercúrio, cobalto, óxido de azoto, dioxinas e
furanos entre outros.
Hoje em dia os danos ambientais causados pela incineração estão completamente controlados, por mecanismos próprios de destruir a perigosidade de quaisquer resíduos que resultem do processo, quer as águas, gases e cinzas.

Aterros Sanitários - são instalações preparadas para o depósito de RSU.
Devem ser construídos de forma a não deixar que os resíduos ali colocados possam poluir o ambiente. É necessário portanto, revestir o terreno do aterro com materiais impermeáveis para impedir que os líquidos libertados pela decomposição do lixo - os lixiviados - se infiltrem no subsolo poluindo-o e um sistema de drenagem/extracção para impedir que não escorram para terrenos adjacentes podendo chegar a rios, condutas de águas ou outras formas de contaminar o ambiente/saúde publica.
Os aterros sanitários possuíam também uma rede de extracção e queima de biogás – gás que é produzido pelo lixo depositado - e que posteriormente poderá ser reaproveitado para produzir energia eléctrica.

Porque devemos separar o lixo?

A separação de lixos domésticos é fundamental pois poderá ser reaproveitado para reciclagem e diminui consideravelmente a quantidade de lixo depositado dos aterros/incineradoras. Separa o lixo significa que a quantidade de lixos nos aterros será menor e maioritariamente orgânico, o lixo resultante das sobras de comida e confecção de alimentos, que é de mais rápida decomposição. Os outros materiais que são recicláveis e de difícil decomposição como o papel, plástico, metal e vidro serão encaminhados para a reciclagem para puderem dar origem a nova matéria-prima, descongestionando os aterros e contribuindo para um ambiente mais saudável.

Como separar o lixo?

Ecoponto Amarelo – Plástico e Metal

- Garrafas e garrafões de plástico (água, óleo alimentares, sumos etc.)
- Embalagens de iogurtes
- Pacotes de plástico (arroz, massas, manteiga, bolachas etc.)
- Embalagens de detergentes de limpeza e de produtos de higiene e beleza (lava-tudo, limpa vidros, shampôs, desodorizantes, cremes etc.)
- Sacos, caixas e invólucros desde que feitos de plástico
- Tampas de plástico das embalagens
- Latas de bebidas e conserva
- Aerossóis (tudo que seja de spray como espuma e lacas para cabelo, de sprays de limpeza etc.)
- Tampas de metal e as caricas
- Todos os pacotes de líquidos alimentares (leite, sumo, vinho, natas etc.)
- Embalagens plastificadas ou metalizadas de produtos alimentares (gelados, bolachas, batatas fritas, bolos etc.)
Nota: não colocar tachos, panelas, talheres, brinquedos estrados, CDs, cassetes, DVDs

Ecoponto Azul – Papel/Cartão

- Todas as caixas de cartão (cereais, bolachas, chocolates, detergentes, sabonetes, de brinquedos, moveis etc.)
- Maços de tabaco
- Invólucros de cartão (packs de iogurtes, cervejas etc.)
- Sacos desde que feitos de papel
- Papel vário (jornais, revistas, impressão e escrita)
- Envelopes, panfletos publicitários, bilhetes de espectáculos e transportes, tickets de estacionamento etc.
Nota: não colocar papel autocolante, químico e de lustro, embalgens de vidro de produtos tóxicos

Ecoponto Verde - Vidro

- Garrafas de vidro (águas, sumos, cerveja, vinho, azeite, vinagre)
- Boiões de iogurtes
- Frascos de doces e conservas
Nota: não colocar vidros especiais como cristal, pirex, espelhos, lâmpadas, vidros de cosmética e perfumaria e produtos tóxicos


Todo o lixo que não é colocado nos ecopontos de embalagens (amarelo, azul e verde) deve ser colocado nos contentores indiferenciados, ou se possível ser sujeito a mais uma separação:
Contentor Castanho - Lixo Orgânico: restos de preparação de alimentos, cascas, caroços, sobras de comida, pão, bolos, borras de café, saquetas de chá, alimentos estragados ou fora de prazo, guardanapos e rolo de cozinha, cinzas etc.
Contentor Cinzento - Lixo indiferenciado: fraldas, pensos higiénicos e penso rápidos, pastilhas e beatas de cigarro, loiças e cerâmicas, vidros especiais, papel autocolante, químico e de lustro, tachos/panelas, talheres, brinquedos, roupas e calçado, CDs e DVDs etc.


Todos os conhecemos anúncios da Sociedade Ponto Verde que têm o objectivo de sensibilizar a população portuguesa a efectuar a separação de lixos.

Segundo a legislação comunitária a responsabilidade pela gestão e destino das embalagens é dos operadores económicos que as colocam no mercado.

Esta responsabilidade dos operadores pode ser transferida para uma entidade licenciada para o efeito, nos termos da lei, razão pela qual em Novembro de 96 foi criada a Sociedade Ponto Verde. Uma organização privada sem fins lucrativos que tem como missão promover a recolha e reciclagem de resíduos de embalagens.


Preocupações Ambientais

A reciclagem está cada vez mais a fazer parte da preocupação de empresas publicas e privadas e do sector da cultura.

Empresas:
A Skip, conceituada marca multinacional de detergentes para a roupa, conseguiu recentemente conjugar a sua acção de marketing com a preocupação ambiental, criando um anuncio que faz as pessoas ponderar a hipótese de utilizarem os seu produtos não só pela qualidade que á anos demonstram no mercado mas também derivado á economia ambiental que a empresa de preocupou em fazer.

O anuncio explica que através de estudos a Skip desenvolveu uma tecnologia que permite concentrar o produto que comercializam de forma a poupar toneladas de papel/cartão em embalagens e consequentemente, a reduzir o numero camiões de distribuição do produto, pois com embalagens mais pequenas é preciso menos transportes, poupando combustíveis e a emissão de CO2 para a atmosfera.

A cultura:
As questões ambientais chegam a todos os sectores e já preocupam os profissionais da arte e da cultura.

O design tem uma nova vertente –o ecodesign - onde profissionais de todas as áreas mostram-se preocupados em criar produtos que contenham materiais recicláveis como matéria-prima. Um exemplo é a ecobottle – concebida por designers – uma garrafa feita de material 100% reciclável com um inovador sistema de corte a meio que assegura um armazenamento mais eficaz, poupando espaço e facilitando o seu retorno.

O programa Remade In Portugal é outro exemplo. Teve origem na Itália e tem como conceito aliar a arte á preservação do ambiente. Profissionais da arte, quer da moda, do mobiliário, da pintura e escultura, produzem as suas obras através de materiais recicláveis e que de outra forma estariam abandonados no lixo. Promovem o aproveitamento dos materiais e desenham/fazem peças que posteriormente serão recicladas para dar origem a novas obras.


A minha experiência:

A empresa onde trabalhei não tinha qualquer política ambiental. Não fazíamos separação de lixos pois os responsáveis não achavam importante, nem tão pouco essencial para o funcionamento da empresa.

Mexíamos diariamente com uma grande quantidade de papel que não era separado do lixo convenientemente, nem tão pouco era feita uma poupança, sendo usado indiscriminadamente sem qualquer preocupação de poupar o papel para não produzir mais lixo.

As impressões de emails por exemplo eram constantes, pois o gabinete dos meus superiores não possuía acesso á internet, o que obrigava a que todos os emails fossem impressos para puderem serem lidos, bem como relatórios internos ou outros documentos.

Tentei diversas vezes implementar uma rede informática para troca de informações, uma vez que iria poupar substancialmente a quantidade de papel utilizada, como tempo e dinheiro.

Mas a minha entidade patronal achava que o custo de uma rede informática era superior do que iríamos gastar continuando com o metido das impressões e da utilização indiscriminada de papel.

O lixo também não era separado, pois não tínhamos caixotes ou forma de o fazer, era tudo misturado, papel, beatas de cigarro, lixo de comida, o que fosse, sem a mínima preocupação com o ambiente e já que produzíamos tanto lixo de papel, podíamos separa-lo do outro lixo para ser reaproveitado.

Sou da opinião que as empresas devem dar o primeiro passo em questões ambientais consoante a sua área de actividade, fomentando a separação de lixos e evitando o desperdício de papel e energia pois é o passo que é preciso para consciencializar as pessoas, se tiverem o hábito de o fazerem no trabalho mais facilmente iram começar a ter as mesmas preocupações no contexto doméstico.